Com o propósito de semear arte e construir pontes para uma cultura universal, os cineastas Mário de Almeida (São Paulo-BR) e Guillermo Wood (Montevidéu-UY) promoverão nos próximos dias 22 e 23 de maio, em São Paulo.
O evento ‘Canções como Pontes – Documentários de ir a pé’, proporcionando encontros com o público para exibição de seus documentários, um bate-papo com o tema “Documentário e canção” e um pocket show.
Os encontros serão dias 22/05 na Livra, em Embu das Artes, e dia 23 na Zona Franca, em São Paulo.
Em 2025, ambos lançam os documentários “De Cara Antiga” (Wood) e “Geada-1975” (Almeida), obras que, em certos aspectos, evidenciam as similaridades entre seus trabalhos e interesses. Isso porque em suas produções, captam fragmentos de realidade em canções, conversas, em estradas sempre com o olhar atento em busca da poesia na cultura e no cotidiano popular dos interiores de seus países.
“Em 2023, estive no interior do Uruguai e tive o prazer de conhecer o músico e cineasta Guillermo Wood e de cara nos identificamos.
Nossos trabalhos têm similaridades pelo fato de explorarmos a cultura e o cotidiano popular dos interiores e a música, por meio da linguagem do documentário contemporâneo”, explica Mário de Almeida.
“Quando Mário compartilhou seu trabalho documental comigo, pensei: tenho um irmão. Então pensei: claro, fronteiras são feitas de vento.
O amor por caminhar em nossa terra e em nossa língua. O amor de conhecer as pessoas que secretamente guardam a poesia popular, a beleza da simplicidade”, declara Wood.
A ideia de compartilhar as duas produções, criando uma conexão com o público e as temáticas abordadas, surgiu a partir da vinda de Wood para o Brasil.
Os encontros serão dias 22/05 na Livra, em Embu das Artes, e dia 23 na Zona Franca, em São Paulo. A programação conta com a exibição dos documentários “De Cara Antiga” e “Geada-1975”. Em seguida, Almeida e Wood conversam sobre o tema “Documentário e Canção”. Para finalizar, Guillermo apresenta algumas de suas canções.
Sinopses
DE CARA ANTIGA (Wood): Uma mulher conversa com um papagaio. Um homem dança com uma vassoura. Duas crianças praticam pilotagem de tanque. Alguém faz uma piada. Alguém canta uma música. Outro amarra uma corda em uma árvore.
Eles se conhecem? A ternura é um território? De Bella Unión a Aiguá. De Resorte em Tacuarembó para Tranqueras de trem. Cuñapirú, Ladeira da Pena, Sarandí de Arapey. Sotaques diferentes, mesmo pedaço de terra. Uma foto desconhecida de Gardel, um poema de Circe Maia, Nubel Cisneros. Pessoas que não conhecemos nos contam suas histórias ou qualquer outra. Gestos e silêncios como espelhos nos quais podemos nos olhar.
Um retrato feito de retratos e uma paisagem chamada Uruguai. Confira o trailer.
GEADA-1975 (Almeida): Documentário de curta-metragem que acompanha o violeiro Júlio Santin, de Irapuru, em um mergulho sensível no universo de sua canção homônima, feita em parceria com a letrista Cristina Saraiva.
O tema: a Geada que devastou os cafezais do Paraná e Oeste Paulista, uma das maiores catástrofes socioambientais do Brasil, que em 2025 completa 50 anos. Confira o trailer.
Sobre os artistas
Guillermo Wood: Nascido em Montevidéu em 1985, estuda literatura desde 2002 no atelier de Hugo Giovanetti e na Faculdade de Letras. Estudou violão com a professora Olga Pierri. Entre 2010 e 2012 participou da Revista Fango.
Em 2012, ele se juntou ao grupo Buceo Invisible, do qual ainda faz parte. Lançou seis álbuns solo e realizou quatro exposições de fotografia. Em 2023, estreou o filme “Pedales” no 41º Festival Internacional de Cinema do Uruguai. Em 2024, estreou seu segundo filme, “De Cara Antigua”, no 12º Festival Detour.
Mário de Almeida: Documentarista, diretor, roteirista e produtor de São Paulo. Realiza projetos de documentários de música e cultura popular, exibidos em festivais, canais de TV e plataformas digitais.
Em 2018, lançou seu primeiro longa-metragem, “Viola Perpétua”. Entre seus trabalhos recentes destacam-se “Levi Ramiro-violeiro e artesão” e “Mostra Reverbo” (selecionado para o festival IN-Edit Brasil 2023). Em 2025, lança os documentários “Geada-1975” e “João Arruda-Morada”.
Júlio Santin: O violeiro Júlio Santin é da região da Alta Paulista e até hoje divide seu endereço entre sua terra natal Irapuru-SP e São Paulo capital. A vivência rural da infância e adolescência norteia seu trabalho autoral.
A origem caipira, o “saber fazer” do caipira, fizeram nascer as primeiras violas fabricadas com cedro rosa na mesma fase que nasciam suas primeiras composições. É idealizador e fomentador do Caipirapuru, Festival Caipira de Irapuru, ao qual se dedicou intensamente entre os anos de 2001 e 2015. Gravou três álbuns: Sentimento Matuto, Capim Dourado e No meu canto.
Serviço:
Canções como Pontes – Documentários de ir a pé com os cineastas Mário de Almeida e Guillermo Wood
Datas e locais:
– Dia 22/05, às 19h na Livra, em Embu das Artes (Rua da Matriz, 42) – Contribuição no chapéu
– Dia 23/05, às 19h30 na Zona Franca, em São Paulo (Rua Almirante Marques Leão, 378, Bela Vista) – Ingressos via Sympla
Informações: @maravilhafilmes
Realização: Maravilha Filmes e Matutada Produções Culturais
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