Operação Policial Garante Circulação de Ônibus das Empresas Suspeitas de Vínculo com Facção Criminosa
Nesta terça-feira (10), a Polícia Militar desencadeou uma operação para assegurar o funcionamento dos ônibus das empresas Transwolff e UpBus, alvo de investigações do Ministério Público por possíveis ligações com o crime organizado.
Viaturas estão estrategicamente posicionadas dentro e fora das garagens das duas empresas, facilitando a saída e entrada dos veículos que atendem as áreas da Zona Sul e Leste de São Paulo.
Para evitar transtornos aos passageiros, a Prefeitura de São Paulo anunciou a presença da Guarda Civil Metropolitana (GCM) em todos os terminais de ônibus dessas regiões.
Essas medidas de segurança integram a “Operação Impacto”, promovida pela Polícia Militar com o propósito de garantir a fluidez do transporte público na cidade.
Durante uma coletiva de imprensa, o comandante-geral da PM, coronel Cássio Araújo de Freitas, destacou que nenhum ônibus foi retido durante a operação. No entanto, alertou sobre boatos disseminados pelo crime organizado, visando gerar medo e insegurança na população.
Além disso, Freitas ressaltou o início do patrulhamento nas portarias das empresas e em toda a cadeia logística envolvida, visando garantir a mobilidade dos cidadãos paulistanos.
A ação policial ocorre após a deflagração da Operação “Fim da Linha” pelo Ministério Público de São Paulo, que mobilizou 340 policiais do Batalhão de Choque para cumprir mandados de prisão e busca.
Segundo as investigações do Grupo de Atuação Especial ao Crime Organizado (Gaeco), as empresas estariam sendo utilizadas para “legalizar” valores provenientes de atividades ilícitas, além de ocultar o patrimônio da facção criminosa.
A Prefeitura de São Paulo, por determinação judicial, assumiu a operação das linhas de ônibus das empresas Transwolff e UpBus, após dirigentes serem detidos sob suspeita de envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC).
O prefeito Ricardo Nunes garantiu que não haverá interrupção nos serviços prestados por essas empresas, enfatizando que os interventores nomeados são servidores de carreira da SPTrans.
A investigação revelou um histórico de problemas e denúncias de ligação com o crime organizado envolvendo as empresas, evidenciando a necessidade de intervenção para salvaguardar o interesse público e a segurança dos usuários do transporte público.
A operação policial representa um esforço conjunto para combater a lavagem de dinheiro e outras atividades ilícitas associadas ao tráfico de drogas, reforçando o compromisso das autoridades em garantir a ordem e a integridade da cidade de São Paulo.