O governo de São Paulo retoma a Operação Escudo no litoral paulista após o desaparecimento do soldado Luca Romano Angerami, de 21 anos, na madrugada de domingo (14) na Baixada Santista.
Segundo o coronel Emerson Massera, porta-voz da PM, a Operação Escudo já está em pleno vigor e há planos de reforçá-la ainda mais. Massera declarou: “Nós não pouparemos esforços para identificar os responsáveis por este crime e garantir que sejam devidamente responsabilizados.”
A ação policial foi iniciada em julho de 2023, em resposta à morte do PM da Rota, Patrick Bastos Reis, que foi baleado durante uma patrulha em Guarujá (SP). Durante os 40 dias de operação, 958 pessoas foram detidas e 28 suspeitos perderam a vida em supostos confrontos com as autoridades.
No entanto, a Operação Escudo foi alvo de críticas por parte de especialistas em segurança pública e organizações de defesa dos direitos humanos, devido aos relatos de abusos e violência por parte da polícia.
Após o término da Escudo, o governo iniciou em dezembro do mesmo ano a Operação Verão, que durou quatro meses e foi encerrada em 1º de abril, resultando na morte de 56 suspeitos em confrontos com as forças policiais.
No primeiro trimestre de 2024, durante o segundo ano de mandato do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), houve um aumento de 86% nas mortes causadas por policiais militares. Além disso, foram registrados 188 disparos por parte dos agentes contra três suspeitos no litoral paulista, levantando preocupações sobre o uso de força excessiva.
A comparação entre as duas operações, Escudo e Verão, mostra que a Escudo foi lançada em resposta à morte do PM Patrick Bastos Reis, com um total de 28 suspeitos mortos e 958 pessoas detidas. Já a Operação Verão, iniciada em dezembro de 2023, resultou em 56 mortes de suspeitos em quatro meses de ação, com 1.025 prisões, incluindo 438 indivíduos procurados pela Justiça e 47 menores apreendidos.