Ex-jogador preso por estupro coletivo transferido para penitenciária em Tremembé (SP)
O ex-jogador de futebol Robinho, condenado a nove anos de prisão pela Justiça Italiana por estupro coletivo, foi detido e transferido para a penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, conhecida como P2, em Tremembé (SP), também chamada de ‘presídio dos famosos’.
Após cinco dias de sua prisão, Robinho ainda está em período de inclusão na penitenciária, durante o qual não pode receber visitas da família. Ele está isolado dos outros detentos em uma cela de cerca de oito metros quadrados, onde serão realizadas as avaliações necessárias pela equipe da penitenciária.
A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informou que após um período de 10 dias de isolamento, Robinho poderá receber visitas da família. Durante esse período, todas as atividades do detento são realizadas de forma isolada, incluindo o banho de sol. Para as visitas, é necessário um credenciamento dos visitantes autorizados pelo preso.
Os visitantes autorizados são familiares de segundo grau, como pais, irmãos, avós e cônjuge. Caso o detento não tenha parentes próximos, a unidade prisional pode avaliar o ingresso de uma pessoa sem vínculo familiar, mediante aprovação do diretor da unidade.
O processo de credenciamento requer o envio de documentos pessoais, como RG, CPF, certidão de antecedentes criminais e uma foto 3×4, que serão avaliados pelo diretor da unidade. Após aprovação, os visitantes recebem uma carteirinha de identificação.
As visitas na P2 acontecem aos finais de semana, com a permissão de dois visitantes por dia, além de crianças menores de 12 anos que sejam filhos ou netos do preso.
Robinho foi preso pela Polícia Federal em seu apartamento em Santos, após a Justiça Federal de Santos expedir um mandado de prisão. Sua defesa recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) alegando ilegalidade na prisão, argumentando que a competência para determinar o início da execução da pena seria da Justiça Federal.
A P2 de Tremembé abriga diversos detentos famosos, como Alexandre Nardoni, Cristian Cravinhos, Lindemberg Alves e Gil Rugai, entre outros. A capacidade da penitenciária é para 584 presos, mas atualmente abriga 434 detentos entre regime semiaberto e fechado.
O julgamento que resultou na condenação de Robinho a nove anos de prisão por estupro coletivo pela Justiça Italiana foi realizado pela Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os advogados do ex-jogador também entraram com um habeas corpus no STF para impedir sua prisão até que se encerrassem os recursos possíveis. No entanto, o pedido foi negado pelo ministro Luiz Fux.
O crime de estupro coletivo ocorreu em 2013, quando Robinho jogava pelo Milan, na Itália, e resultou na condenação do ex-jogador e outros cinco homens. O pedido de cumprimento da pena no Brasil foi feito pela Justiça Italiana, já que o país não permite a extradição de brasileiros natos.